Amar a morte
Amar de peito aberto a morte.
Não de esguelha, de frente.
Amar a morte,
digamos,
despudoradamente.
Amá-la como se ama
uma bela mulhere inteligente.
Amá-la
diariamente
sabendo que por mais
que a amemos
ela se deitará
com uns e outros
indiferente.
Affonso Romano de Sant'Anna
Não de esguelha, de frente.
Amar a morte,
digamos,
despudoradamente.
Amá-la como se ama
uma bela mulhere inteligente.
Amá-la
diariamente
sabendo que por mais
que a amemos
ela se deitará
com uns e outros
indiferente.
Affonso Romano de Sant'Anna
2 Comments:
At 3:05 PM,
Anonymous said…
este é dos poemas que mais me emudece...
At 9:46 AM,
AlmaAzul said…
Realista... bem realista :)
***azuis
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